quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O Tempo


F. V. Carvalho

O tempo é um dos dos maiores mistérios para o ser humano. A tentativa de definí-lo esbarrra na limitação dos conceitos quando nos referimos a termos abstratos. A definição de tempo é melhor explicada quando nos prendemos a alguns referenciais. Imaginemos uma fotografia qualquer. Parece que nela o tempo parou. É que a noção de tempo está ligada a algum tipo de movimento. Se  alguma coisa ocorre em um determinado lugar, o “agora”será diferente em relação ao que era “antes”.
Várias são as definições e quase todas elas mostram as relações entre as coisas para explicar o tempo. “Tempo é a propriedade que as coisas tem de coesistir ou de suceder, considerada de modo objetivo” segundo o celebrado primeiro Scholium dos principais de Isaac Newton - “O tempo verdadeiro, absoluto e matemático, de si mesmo e por sua própria natureza, flui invariavelmente, sem relação com qualquer coisa externa e admite também o nome de duração...” O tempo está ligado a acontecimentos sucessivos que dão a noção de antes e depois. Tempo é o resultado de uma medida que distancia os eventos. E finalmente “tempo é a potencialidade implantada no universo, de espaço, matéria e energia, que permite a sucessão de eventos”.
Sabemos também que o tempo é imaterial e abstrato, ocorrendo a despeito de nossa vontade. Na mecânica clássica, Isaac Newton introduziu o chamado tempo absoluto, isto é, aquele que existe por si mesmo, independente das circunstâncias exteriores e decorrendo de maneira uniforme para todos os observadores. Comprimento e massa também aparecem como grandezas absolutas na mecânica newtoniana. Muitos antes dele, vários já pensavam assim e este pensamento foi então aceito por muito tempo e em certo sentido, o é até hoje.

Fonte da Imagem: nodivacomcarol.wordpress.com

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