quarta-feira, 19 de abril de 2017

Aos meus amigos - O Valor da Amizade

Amizade

Tenho alguns poucos grandes amigos. Perto ou longe, eles moram em meu coração e nossa amizade está acima e além do tempo ou da distância: são pessoas com quem eu posso de fato contar e confiar e o mesmo eles recebem de mim. Para relembrar e homenagear esses amigos, falo hoje um pouco sobre amizade.
Nos anos 1980 fui aluno do saudoso prof. Pedro Apolinário, que volta e meia em suas aulas contava algumas histórias com um fundo moral realmente inspirador. Nossa amizade foi além da Faculdade e ele foi o "padrinho" da apresentação de meus filhos na Igreja. 

Aqui, um dos textos em que ele fala da amizade.

Pedro Apolinário fala sobre a Amizade

É um sentimento que consiste em estimar a outrem, querer a sua presença, desejar-lhe todo o bem possível, é um sentimento que traz grande encanto à vida.

“Na sua origem, a palavra significa atração recíproca entre duas pessoas, que têm as mesmas tendências e os mesmos hábitos. A amizade é uma dedicação menos intensa, mas mais firme e duradoura que o amor.


Os mais notáveis sábios e filósofos da antiguidade glorificaram a amizade, chegando Cícero a equipará-la à sabedoria.

“Em Roma, a amizade era representada por uma jovem coroada de flores. Na sua mão direita ostentava dois corações presos por correntes, mostrando com a mão esquerda o peito até o coração, no qual se lia a seguinte frase – de perto e de longe. Na orla do seu vestido se encontravam impressas estas significativas palavras: Para a morte e para a vida. Sim, a verdadeira amizade deve ser cultivada, quer estejamos perto, quer estejamos longe e mesmo a própria morte não a pode extinguir”. – Pedro Apolinário, Seleção de Temas de Meu Arquivo, pág. 7.


Experiência: Quem já não ouviu falar da amizade que uniu Damão e Pítias, dois filósofos que viveram no tempo de Dionísio, o tirano de Siracusa. Dionísio se tornou famoso na história pelas atrocidades que cometeu, pois sob o menor pretexto mandava matar os seus súditos. Construiu várias prisões subterrâneas onde encerrava as suas vítimas.

Uma intensa e profunda amizade unia Damão e Pítias. Por uma fútil razão Pítias foi condenado à morte, mas pediu a Dionísio algum tempo para arrumar a sua vida e solucionar os seus negócios. Damão se ofereceu para morrer em lugar do amigo, se este não estivesse de volta no momento fixado.

Chegou a hora do suplício, muita gente se havia reunido, inclusive o tirano, para assistir à execução. Damão ia ser executado, quando apressadamente irrompe por entre a multidão Pítias apresentando-se para a morte.

Dionísio, apesar de sua maldade e severidade ficou comovido, perdoou a Pítias pedindo aos dois filósofos que o admitissem como 3º componente naquela sublime e extraordinária a amizade.

Aceitaram estes dois amigos a sua proposta? Absolutamente, pois Dionísio devido ao seu caráter, não era digno de partilhar tão extraordinário sentimento que unia estes dois vultos da história. 
(Pedro Apolinário, Seleção de Temas de Meu Arquivo, pág.10)




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